Um jardim com 56 túlipas

Confessor que acordei com um sorriso. Chovia na rua e o vento uivava lá fora, com uma estranha fúria que mais do que assustar me embalava. Olhei para o telemóvel e vi que pouco passavam das 8h. O Bob já estaria acordado não fosse o frio que o "cola" aos cobertores.

É preciso recuar até 2013 para termos passado um 2 de Março juntos. 2014 estava por Kirikkale, 2015 por Espoo, 2016 e 2017 por Carachi. E 2018 regresso a Abrantes. Não é tanto um voltar atrás, mas um voltar ao ponto de partida e de chegada. Ao ponto zero. Ao nosso ponto neutral. E sorri outra vez.

Fazes mais um aniversário. Mas desta vez pude cantar-te o "Parabéns a você" quando passava um minuto da meia-noite. Pude ver o teu sorriso sulcado de rugas e de vida, quando te demos aquele primeiro presente. Pude dar-te um beijinho real (que já chegava de virtualidade) e desejar-te um dia maravilhoso.

Desta vez não serei apenas informado do que aconteceu, como aconteceu e quem fez acontecer. Desta vez, nestas tuas 56 túlipas, posso ajudar a organizar os festejos que te celebram. Desta vez posso dizer que no teu dia estou contigo, não apenas em alma e coração mas também fisicamente. Estou aqui e posso dar-te um abracinho e um beijinho e um carinho.

São 56 anos já feitos. E hoje, quando estou aqui tão perto, não irei celebrar apenas as vitórias, mas também as derrotas; não apenas as qualidades, mas também os defeitos; não apenas o bom, mas apenas o menos bom. Porque tu és feita disto tudo e a tua beleza é composta por esta intricada manta de retalhos cosida com sorrisos e lágrimas.

Porque tu és o somatório de dor e alegria, de lutas e conquistas. Tu és esse assumir do que é para assumir e de lutar sem medos. Hoje celebramos isso tudo, mas amanhã e ontem não nos esquecemos do quão importante és para nós. Um grande beijinho e MUITOS PARABÉNS


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